Nepomuceno ainda afirmou que André Figueiredo continuará à frente do futebol do clube, além de descartar que seu trabalho na secretaria de Desenvolvimento da prefeitura de Belo Horizonte esteja prejudicando a administração do clube.
Reforços podem chegar. O dirigente entende que o time precisa de um velocista. "Falta ao Atlético um jogador de velocidade, um ponta. A gente vê que isso falta em nosso elenco. Não temos tantas opções, como temos em outras posições”, afirmou.
Confira os principais pontos da entrevista do presidente Daniel Nepomuceno
Críticas ao trabalho da diretoria
"Toda vez que tem um resultado negativo, não fico tranquilo. Todo presidente de clube tem outra atividade. Sempre fui secretário do governo. Não interfere nada no meu trabalho no Atlético. A cobrança tem que ser em cima de mim. Estou no Atlético há 15 anos. Fui diretor de clube, sou conselheiro, fui vice-presidente e agora presidente. Todos esquecem o que já foi feito. Não é por causa de outra função minha que estamos vivendo um momento ruim. Os jornalistas sabem o que se cobra. Todos sabem como é internamente. Não falta cobrança. Porque a bola não entra, não pode destruir tudo. Meu trabalho não atrapalha em nada. No dia que atrapalhar, eu vou optar apenas pelo Atlético"
Diretor de futebol
"O Atlético tem essa pessoa, ela se chama André Figueiredo. É a pessoa que eu confio. Está no clube há muito tempo. O Maluf fazia duas funções, também administrativa. O Atlético tem essa pessoa. Não estou buscando um diretor de futebol. Todo dia recebo de agentes de diretor um novo nome. O André está aqui há um mês. Existe uma implicância, um questionamento, de uma pessoa do clube, que tem várias taças na base. A responsabilidade é nossa, minha, do André, do Micale, dos jogadores. Não adianta trazer outra pessoa para colocar a responsabilidade. Temos que sair dessa situação"
"O Maluf não está mais aqui entre a gente. Não posso buscar a característica do Maluf no André. Ele está substituindo, vai conversar de maneira diferente, mas vai trazer a solução. Não é o pior momento dos últimos anos, é o de maior cobrança. Quando se abre essa distância no Brasileiro, a gente foca muito no mata-mata. Foi assim que buscamos os títulos. Disputamos os títulos nos últimos anos. Não vou colocar no passado a responsabilidade do presidente. Não tem como trazer o Maluf de volta. Tem pessoas que eu confio, isso que é importante. Temos que focar nos dois campeonatos. Tem muita pressão. Saímos de maneira precoce da Copa do Brasil. Isso machuca. O time teria mais condições de fazer partidas mais tranquilas. Não vejo a necessidade de mudança em tudo. Não vejo que falta comando. Tem cobrança sim. Meu papel é, junto com Micale e André, assumir a responsabilidade para ter a mudança mais rápido"
Erros começaram com saída de Levir?
"Em agosto de 2015, o Levir não sabia se queria renovar. Em dezembro, não chegamos a um acordo. Se vem outro treinador e levanta a taça, estaria certo. Independente da mudança, lutamos por taça em 2015, em 2016 e vamos lutar este ano. Já vivi situações melhores e piores. Temos que reverter esta situação"
Avaliação do elenco
"Não vou entrar na base da comparação. As atitudes são enérgicas. Não vou afastar jogador, que não está fazendo algo de indisciplina para ser afastados. Foi colocado por todos que era o melhor elenco, de forma errada. Vou cobrar do meu elenco, que está devendo. Eu confio neles. Quando está devendo, é uma questão simples. Tem um desequilíbrio, do que foi investido e do que está acontecendo. A classificação não mudaria nada. O problema continuaria. Os jogadores vieram para ser campeões. Não posso reclamar dos jogadores da base, que estão dando sangue. Não posso reclamar dos veteranos. Tem torcedor reclamando até do Luan. Os jogadores vão ter que mudar isso. Se alguém tiver cometendo um ato fora ou desrespeitar, vai sair. Teve coisa muito mais séria, mas o dirigente tem que blindar o clube. O jogador agora está preocupado com as ameaças com a família. Não com futebol, mas com ameaças"
Futebol continua no mesmo nível da era Kalil
"Vocês me conhecem, não fico conversando sem parar, não faço questão de ser simpático. Estou substituindo o Kalil, um cara que ganhou tudo. Sempre vai ter a cobrança. O futebol continuou no mesmo nível que peguei, só está faltando a taça. É uma cobrança natural, isso não incomoda. O que incomoda é falar que está tudo errado. Porque elogiam tudo que faz e criticam quando dá errado? Trouxe o técnico que todos falavam. Estamos discutindo a saída de um treinador há dois anos. Não tem salário atrasado, estamos duplicando o CT, dobramos o sócio-torcedor, estamos fazendo o estádio. Estou aqui para blindar a turma que me defende, que são os jogadores. Tem jogo demais ainda"