Prestes a se transformar em realidade, o novo estádio do Atlético está pronto para sair do papel. Uma reunião entre o presidente Daniel Nepomuceno e o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Rodolfo Gropen, no começo da semana que vem, discutirá a viabilidade e todo o planejamento financeiro para que a arena seja erguida. Conforme o cronograma estipulado pelo clube, as obras começarão no ano que vem e terão fim no início de 2020. Com exclusividade, o Estado de Minas e o Superesportes tiveram acesso a novas imagens do projeto que será apresentado ao Conselho Deliberativo.
O planejamento inicial sofreu pequenas alterações. Assim como no Independência, o estádio será semelhante a um caldeirão, com apenas 8m de distância das cadeiras ao campo. A arena terá estacionamento de 2,6 mil vagas, 46 bares e 36 camarotes, além de um espaço VIP com 3,6 mil lugares. A escolha do terreno levou em conta a logística do local, que está próximo a três estações de metrô (Eldorado, Vila Oeste e Cidade Industrial) e do Anel Rodoviário. O Atlético pretende instalar sua sede administrativa no local, além de arrecadar com bares e restaurantes em dias em que não houver jogos.
O clube já tem garantidos os quatro parceiros que arcarão com os custos da obra. A ideia inicial previa um estádio mais caro (R$ 550 milhões), com capacidade para 50 mil espectadores. Mas, por causa da crise econômica e da necessidade de o Galo pôr o plano em prática o quanto antes, o custo teve redução para R$ 400 milhões, com 46 mil lugares.
No Conselho, o projeto pode ser levado diretamente ao plenário para votação ou, se houver ressalvas, repassado a comissões que vão analisá-lo mais a fundo. A ideia central é de que o estádio não gere custos ou prejudique as finanças do clube.
Um aspecto que preocupava o Atlético era a aceitação dos moradores da região do Bairro Califórnia, na região noroeste de Belo Horizonte. Para isso, o estádio contemplará espaços a serem usados do lado de fora, algo que o Independência não possui. “A audiência pública foi um sucesso. A comunidade aceitou o projeto. Nós estávamos preocupados com essa relação da arena com o bairro, mas temos uma esplanada de 46 mil m2. No dia a dia, ela pode ser usada por moradores do bairro, como por meio de feiras de eventos num espaço coberto”, afirma o arquiteto Bernardo Farkasvölgyi, responsável pelo projeto.
SUSTENTABILIDADE
A exemplo do Mineirão, a moderna arena será referência em sustentabilidade. O Galo já obteve a licença ambiental da Prefeitura e erguerá o estádio sem prejudicar as leis antipoluição. “Ele será um modelo, pois terá reaproveitamento de água de chuva, com mistura de materiais sustentáveis, iluminação em led, com aproveitamento da energia solar também”, afirma Bernardo.
O NOVO ESTÁDIO EM NÚMEROS
Capacidade: 46 mil
Custo total da obra: R$ 400 milhões
Área do terreno: 192 mil metros quadrados
Vagas de estacionamento: 2.600
Bares: 46
Camarotes: 36
Espaço VIP: 3.600 lugares
Área da esplanada: 46 mil metros quadrados
Abaixo, assista ao vídeo de apresentação da Arena do Galo, já apresentado ao Conselho,
mas produzido antes dos ajustes feitos recentemente e da redução da capacidade:
mas produzido antes dos ajustes feitos recentemente e da redução da capacidade: