A arrancada do Atlético no Campeonato Brasileiro não se deve apenas ao poderio ofensivo do time. O equilibro ataque-defesa tem sido fundamental. No período em que o Galo ganhou 28 dos 33 pontos em disputa, o sistema defensivo alvinegro também foi fundamental. A média de gols sofridos caiu pela metade.
Nas oito rodadas iniciais do Brasileirão, período em que a equipe amargou sete jogos sem vencer, o Atlético teve a mete superada 15 vezes, uma média de 1,8. Já nas 11 últimas partidas, nas quais saiu vencedor em nove, o time levou 11 gols (0,9 de média).
A melhora no rendimento não é mérito apenas de zagueiros, laterais e volantes, ressalta o defensor Erazo. O equatoriano divide a conquista com os companheiros de ataque.
“Tenho que dar crédito para o trabalho da equipe. Fred é o nosso primeiro zagueiro, depois vem Pratto, Robinho, Maicosuel. Eles facilitam nosso trabalho. Melhoramos o saldo e na parte do ataque, que está bem e tem confiança, todos estão finalizando.”
Nem mesmo a opção do técnico Marcelo Oliveira de escalar um quarteto ofensivo comprometeu o ajuste defensivo. Mais uma vez, Erazo destaca os companheiros de ataque. “A humildade de Fred e Pratto para marcar é impressionante. Quando você vê e a vontade do parceiro, busca fazer o mesmo. Se continuarmos a pensar que todos são importantes, vamos conseguir algo de bom.”
Apesar dos números favoráveis, não há acomodação no Atlético. Na rodada passada, por exemplo, o time venceu a Chapecoense por 3 a 1, no Independência. Mas as chances dadas ao rival catarinense e o gol sofrido incomodaram os atleticanos:
“Quando temos um ritmo bom de jogo e depois temos uma caída, o adversário pode aproveitar, como aconteceu com a Chapecoense. Fiquei bravo com isso. São ajustes que temos de falar quando acaba o jogo. Tomara que entendamos isso contra o Santos”, diz Erazo.
O Atlético encara o Santos no próximo domingo, às 16, na Vila Belmiro. O jogo vai marcar a abertura do returno do Campeonato Brasileiro.