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Levir Culpi relata tragédia na costa leste do Japão

postado em 11/03/2011 12:54 / atualizado em 11/03/2011 13:30

REUTERS/KYODO

O técnico Levir Culpi, que já comandou Atlético e Cruzeiro, atualmente treinador do Cerezo Osaka, do Japão, estava a caminho do centro de treinamento do clube na tarde desta sexta-feira (madrugada no Brasil), quando foi surpreendido pelo terremoto de 8,9 graus na escala Richter, seguido por um tsunami que atingiu a costa leste japonesa. Embora o tremor tenha sido mais ameno em Osaka, região distante cerca de 500 km do epicentro (Sendai, Fukushima, Tóquio e Yokohama), ele assustou a todos no local, mesmo sem provocar danos.

“É um momento triste porque aconteceu um fato inédito com a magnitude desse terremoto. Assustou muita gente, mas para nós aqui em Osaka, felizmente, não teve nada. Sentimos o terremoto na hora, por volta das 15h (local) por cerca de 20 a 30 segundos de forma não muito forte e treinamos normalmente inclusive. Após o treinamento, o diretor do clube veio me comunicar que a rodada do campeonato nacional já havia sido cancelada e, a partir daí, é que começamos a acompanhar pela televisão as notícias, que apresentavam imagens muito fortes”, afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.

Após ser informado sobre a catástrofe que atingiu o país, Levir Culpi não demorou para fazer contato com seus amigos e companheiros de profissão que também atuam no futebol japonês. “Estamos distantes aproximadamente 500 Km do epicentro do terremoto, então a região de Tóquio e Sendai balançou muito. Mais para o lado do Nelsinho Batista (técnico do Kashiwa Reysol) e do Oswaldo de Oliveira (Kashima Antlers) que estão mais próximos. Até falei com o Oswaldo e ele me relatou que está bem, mas não consegui falar com o Nelsinho. Felizmente, aqui em Osaka, está tudo tranquilo”, enfatizou.

Após ser questionado sobre a hipótese de retornar ao futebol mineiro, em virtude da catástrofe no Japão, Levir Culpi foi enfático e disse que vai continuar no país no momento, mas não descartou retornar ao Brasil no futuro.

“O povo de Belo Horizonte é muito carinhoso e a qualidade de vida é muita boa. Você sabe que tenho uma identificação muito grande com Minas Gerais, mas aqui têm outras coisas também. A gente passa a ver coisas novas como a tecnologia avançada e, o Brasil, está muito atrás dos japoneses, então a gente aprende muitas coisas. Os estádios são maravilhosos e trabalhar com o futebol é bom aqui. Tudo é organizado e a gente estuda o futebol também. Estou feliz nesse momento aqui, mas nunca fica descartado uma possibilidade de voltar ao Brasil em breve”, concluiu

O tremor e as ondas gigantes, formadas logo depois do abalo, já provocaram 300 mortes, conforme informações da polícia japonesa. Agências de notícias locais divulgam que cerca de 88 mil pessoas estão desaparecidas.

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