Bola parada, equilíbrio e eficiência: as armas do Coelho para vencer o Bragantino

Regularidade é fundamental em competição de pontos corridos. Todos os treinadores cobram de seus comandados um aproveitamento muito bom como mandante e campanha razoável na condição de visitante. Obviamente, poucos conseguem tais feitos. Assim, é considerado difícil não o trabalho de chegar ao grupo dos quatro primeiros, mas sim a batalha para permanecer. O América passa por essa situação. Em três jogos, venceu dois e empatou um. Neste sábado, contra o Bragantino, o Coelho tenta continuar no G-4 e busca a vitória a partir das 21h, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.

Com um discurso marcado por confiança e promessa de regularidade, o time americano embarcou para São Paulo na manhã dessa sexta-feira. Otimista, o goleiro Matheus, um dos destaques do clube no início do campeonato, manifestou as expectativas. “Sabemos das qualidades do Bragantino, mas estamos fortes. Sempre com muito empenho e dedicação. O grupo está em prol de um grande objetivo. Isso é bom. Sempre digo que chegar é fácil, mas o complicado é permanecer. Então vamos lutar bastante para manter essa boa fase. Queremos subir à Série A”, afirma o camisa 1 americano.

E o forte do América pode ser, mais uma vez, a bola parada. Nesta Série B, o time alviverde balançou as redes em jogadas de escanteio e falta por cinco vezes. Uma das armas mais poderosas do escrete de Moacir. “Todo final de treino tem atividade forte de bola aérea e cobranças de falta. E dá resultado. Contra Ceará e Boa Esporte os gols saíram assim. Na bola parada. Os jogos são decididos nos detalhes. Logo, a bola parada pode ser fundamental contra o Bragantino”, projetou Leandro Guerreiro, que deve retornar à sua função de origem. Recuperado de amigdalite, Vitor Hugo forma dupla de zaga com André.

Não adianta, porém, ficar atento com as jogadas aéreas somente no ataque. Cuidar da retaguarda é de extrema importância. Segundo as observações feitas por Moacir Júnior, o Bragantino também se mostra forte nas bolas paradas. Toda atenção é pouca. “O Bragantino tem uma boa equipe que também valoriza bastante essa bola pelo alto. Todo mundo sabe da estatura da equipe deles. Os jogadores de área não têm menos de 1,86m de altura. Logo, são necessárias atenção e atitude dos nossos atletas”, projeta o comandante alviverde.

O técnico informou após o último treino que ainda tinha dúvidas na lateral direita e no meio campo. Elsinho e Tchô podem, respectivamente, dar lugares a Willians e Mancini. O desgaste físico é o principal motivo para as possíveis substituições. De qualquer jeito, o América tenta, na pior das hipóteses, se manter na segunda colocação da Série B. O líder Joinville entra em campo um pouco mais cedo, às 16h20, contra o Náutico, em Santa Catarina. “Vamos, dentro de campo, tentar recuperar a liderança que nos tiraram fora dele”, decreta Moacir Júnior.

Mandante da partida, o Bragantino deve jogar com formação semelhante à que venceu o Figueirense na quarta-feira passada, por 2 a 1, pela ida da segunda fase da Copa do Brasil. O técnico Marcelo Veiga gosta de armar a equipe no 3-5-2, formando uma linha defensiva composta por atletas de estatura bastante elevada. Já grande referência de ataque do Massa Bruta é Léo Jaime, que balançou a rede uma vez nesta Série B. Na classificação, a equipe paulista aparece em quinto lugar, com uma vitória e dois empates.

BRAGANTINO X AMÉRICA

BRAGANTINO
Rafael Defendi; Gustavo Carbonieri, Guilherme Mattis e Yago; Robertinho, Francesco (Fabiano), Gustavo, Luisinho e Pará; Léo Jaime e Tássio
Técnico: Marcelo Veiga

AMÉRICA
Matheus; Elsinho (Willians ou Henrique), André, Vitor Hugo e Gilson; Leandro Guerreiro, Andrei Girotto, Pablo e Tchô (Mancini); Ricardinho e Obina
Técnico: Moacir Júnior

Motivo: quarta rodada da Série B do Brasileiro
Data: sábado, 10 de maio de 2013, às 21h
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (FIFA)
Auxiliares: Jackson Massarra dos Santos (CBF) e Gilberto Stina Pereira (CBF)