Os atletas, que na última quarta-feira chegaram a ser retirados do avião pela Polícia Federal, tiveram seus passaportes liberados nesta noite de quinta. Eles entraram na sala de embarque por volta das 21h30, por meio de uma porta especial, afastada do embarque internacional comum, e não falaram com a imprensa.
O advogado dos nadadores, Sérgio Rivera, afirmou que o Juizado não havia enviado à Polícia Federal a autorização para que eles deixassem o Brasil, mas ele apresentou uma cópia da decisão. Rivera explicou que Bentz e Conger sabiam que os colegas estavam mentindo desde o início, mas não haviam se manifestado porque acharam que a história seria esquecida.
"O importante é deixar claro que eles foram apenas testemunhas, não cometeram erro nenhum", disse o advogado. "Não queremos que eles cheguem com uma imagem ruim nos Estados Unidos. São apenas dois meninos." Os dois nadadores embarcaram às 22h50, rumo a Miami.
Antes de terem seus passaportes liberados, Bentz e Conger prestaram depoimento à Polícia Civil do Rio, nesta quinta, quando reconheceram ser mentirosa a história de um suposto assalto que teriam sofrido com Lochte e Feigen.
A policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), os dois atletas afirmaram que a mentira foi articulada por Lochte para preservar o relacionamento conjugal de um deles. O jovem - não foi identificado qual - teria "ficado" com uma jovem em uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul.
Na verdade, eles se envolveram em confusão num posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, os nadadores estavam alcoolizados e quebraram espelhos e saboneteiras do local.
Já em solo americano, Lochte deve depor às autoridades locais através de uma carta rogatória enviada do Brasil à Justiça dos EUA. Se aprovada, a carta será enviada ao FBI, que tem colaborado na condução do caso.